A história do esporte brasileiro é mesclada por conquistas e superação. Nesta terça-feira, 25, na sede da DFDown, associação que reúne pessoas com Síndrome de Down, familiares, profissionais, amigos e apoiadores da causa, ocorreu um encontro com a presença do presidente do Comitê Paralímpico Internacional (IPC na sigla em inglês), Andrew Parsons, na busca de oferecer o esporte como mais uma ferramenta de inclusão para as pessoas com síndrome de Down.

Andrew ouviu atentamente os integrantes da roda de conversa e ressaltou a importância de dialogar sobre a questão deixando um pouco o alto rendimento de lado.
“Dentro do IPC falamos de alto rendimento e é preciso oportunizar o esporte para todos. Não são todas as pessoas que alcançarão o alto rendimento. Fico muito feliz de ajudar associações a ingressarem no mundo esportivo de forma inclusiva”, afirmou.
Andrew Parsons também comentou que é através do aumento do acesso as práticas esportivas que os medalhistas em Jogos Paralímpicos surgem.
“Quanto mais pessoas a gente atrair para a iniciação do esporte mais pessoas passarão pelo funil aumentando a quantidade de atletas que poderão estar na edição dos Jogos Paralímpicos”, concluiu o dirigente.
A presidente da Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down (FBASD), Cléo Bohn, ficou entusiasmada com o encontro que serviu para as entidades convidadas se inteirar dos programas e modalidades paralímpicas que podem fazer parte no dia a dia das pessoas com Síndrome de Down.

“Recebemos um amigo que mais do que ninguém conhece o movimento paralímpico (Andrew Parsons) e nos mostrou os caminhos e modalidades que podemos inserir nas nossas atividades. Foi um primeiro passo importante e seguiremos caminhando”, ressaltou.
Também estava no encontro o atleta paralímpico e integrante do Atletas pelo Brasil, organização onde acredita que os grandes nomes do esporte brasileiro são os melhores porta-vozes para promover as mudanças nas políticas públicas do esporte, Estevão Lopes.
Cadeirante e multicampeão na vela adaptada e na paracanoagem, ele reafirmou que a reunião foi produtiva e que logo quer ver os frutos.
“Conversar sobre acessibilidade e esporte como ferramenta de inclusão eu sempre estou disponível e pronto. O esporte mudou a minha vida e sei que pode mudar a vida de muitas pessoas”, concluiu.