- PUBLICIDADE -

Time de futebol de cegos da Adef intensifica treinos visando a principal competição nacional da modalidade

A rotina dos jogadores de futebol de cegos da Associação Desportiva de Futsal do Distrito Federal (Adef) é dura. Trabalhadores que durante o dia lutam pelo sustento da família e três vezes na semana, eles seguem para o Centro Interescolar de Ensino (CIEF) para treinar em busca de um sonho: trazer a sonhada medalha para o Distrito Federal no Campeonato Brasileiro que será disputado no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, de 5 a 13 de novembro.

O grupo se reúne três vezes na semana para treinar com o objetivo de subir no pódio em São Paulo. Foto: Lucas Rodrigues

Para garantir a vaga no torneio nacional, os jogadores tiveram que disputar a seletiva em Belém. Além da medalha de bronze, eles carimbaram a classificação.

Um dos atletas que se destacaram pela equipe do Distrito Federal foi o ala esquerdo Leandro Martins. O jogador nasceu com uma doença chamada retinose pigmentar que fez ele perder a visão gradativamente até o deixar o atleta cego total aos 20 anos.

Leandro sempre foi atleta e migrou do atletismo para o futebol em 2014. Desde então, o jogador segue a sua rotina de trabalhar e jogar. Com a idade mais avançada, ele tem o desejo que o projeto da Adef permaneça por muito tempo para que seja feita a renovação dentro da modalidade em Brasília.

“Hoje o projeto conta com o patrocínio da Loterias Caixa e com isso temos a infraestrutura necessária para fazer as nossas atividades e fomentar a base com a escolinha. O meu maior sonho é que a gente consiga garimpar garotos para seguir desenvolvendo o futebol de cegos em Brasília” afirmou.

O treinador Marcelo Ottoline passa as orientações aos comandados que faturaram o bronze no Pará. Foto: Lucas Rodrigues

Outro jogador que mereceu os elogios do treinador Marcelo Ottoline foi o ala direito Jefferson Cavalcante. Ele nasceu com uma doença genética chamada Doença de Stargardt que prejudica a retina e quando ele tinha 18 anos, fez com que começasse a perder a visão. Hoje, aos 25, está praticamente cego total e é no futebol que ele mantém os seus sonhos vivos.

“Meu sonho é conquistar muitos títulos ainda. Já fui campeão Regional uma vez e quero conquistar o título do Brasileiro também. A nossa seleção está recheada de grandes jogadores, mas trabalho para um dia eu vestir a camisa do Brasil”, ressaltou.

O time de futebol de cegos da Adef treina todas as segundas, quartas e sextas-feiras das 18h às 20h no CIEF na 907 sul.

Com o patrocínio da Loterias Caixa e o apoio do Governo Federal, o projeto do paradesporto da Adef tem acesso aos equipamentos necessários, acompanhamentos de nutricionista, fisioterapeuta, psicólogo, uniformes para treinos e jogos.

- PUBLICIDADE -

Últimas

- PUBLICIDADE -

Continue Lendo